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Gasolina caiu 50% mas consumidor ainda paga só 1 real a menos, as vezes nem isso

    O mundo vive uma crise nos combustíveis em decorrência da pandemia. O preço do barril americano está praticamente em zero e já não há mais lugares para armazenar. Tudo isso acaba refletindo no preço das refinarias, onde na Petrobras já caiu cerca de 50%, mas apesar de um pouco do repasse já ter chego nos postos, o consumidor ainda paga somente 1 real a menos na grande maioria das regiões.

    Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), houve mais uma queda de 8% no preço da gasolina e 6% no diesel S10 e S500. O acumulado chega em 48% na gasolina e 35% no diesel.

    O preço médio da gasolina na Petrobras está R$ 0,99 e o diesel R$ 1,50. Este é o preço do produto já refinado, onde mesmo com as taxas e impostos presentes, acaba sendo muito menor do que o valor repassado ao consumidor.

    Em média o preço nas grandes capitais já nos postos de combustíveis está em R$ 3,40, frente a um R$ 4,20 do último mês. Houve uma redução, mas se fosse levado em consideração os quase 50% de desconto, deveríamos ter algo em torno dos R$ 2,50 o litro.

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    Na última semana o gerente de imprensa da Petrobras informou que esta foi apenas uma da diversas reduções das últimas semanas.

    Ele informou que diante do surto o mercado vem observado uma grande queda no consumo de combustível. Tendo mais combustível “sobrando”, os preços tendem a serem reduzidos.

    “A Petrobras sempre leva em consideração a paridade internacional, principalmente com relação ao dólar e ao valor do barril. Uma análise é feita para tomar as decisões, sempre indo de acordo com o preço internacional.”

    Transmissão das reduções

    Mas o próprio Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) declara que as reduções não influenciam instantaneamente o preço ao consumidor final. A explicação é que os tributos continuam os mesmos, então é preciso uma enorme redução para que o consumidor sinta uma pequena redução nos postos.

    Outra explicação para os preços não chegarem ao cliente tão rápido é que os estoques nas distribuidoras normalmente duram entre 2 a 3 semanas, onde os preços permanecem os mesmos para que elas não tenham prejuízo. Só há um repasse a partir de uma nova aquisição durante o preço reduzido.

    Mais uma justificativa para os preços ainda estarem altos é que os postos estão fazendo pedidos menores pela pouca procura, o que resulta em um preço maior.